segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O comodismo das redes sociais

Quem acessa hoje as redes sociais mais famosas como o Twitter e o Facebook, vê e/ou participa com muita frequência de "movimentos de revolta" (não resisti às aspas) contra situações de fato inaceitáveis. É muito comum vermos as famosas hashtags sendo carregadas aos trending topics contendo mensagens de protesto, ou os mesmos protestos estarem presentes em eventos, páginas ou grupos do Facebook, com milhares de adeptos.

O problema é que muito poucos destes saem do papel. Prova disto é a realidade atestada por Amelia Gonzalez, no blog Razão Social, d'O Globo. Depois de verificar a indignação das pessoas nas redes sociais, sobre as recentes denúncias de que a empresa Zara estaria ligada a serviços que mantinham trabalhadores em condições semelhantes à escravidão, ela foi pessoalmente em lojas da empresa para ver o impacto que aquela revolta nas redes sociais havia causado nos arredores daqueles locais.

Além de não notar qualquer sinal significativo de protestos contra a empresa, o que havia ocorrido com tanta ênfase na internet, ainda houve quem perguntasse se haveria alguma liquidação no estoque por conta das denúncias.

A internet é uma ferramenta poderosíssima e poderia ter trazido sérios prejuizos à Zara, assim como poderia resolver várias outras situações absurdas que conhecemos. É uma pena que tanto poder seja usado apenas como uma mera máscara.

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