quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O verdadeiro Grande Homem

Hoje, trago um texto de Max Gehringer, da CBN, muito interessante e realista. Mostra que nem sempre o mais inteligente, e às vezes nem mesmo o mais aplicado, será necessariamente o mais bem-sucedido.
Se você é dos que odeiam estudar, mas tem o gosto pela carreira que pretende seguir e acredita em si mesmo, vale a pena a leitura.

O Raul

Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente.

Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Raul.


Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.


Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho.

Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim.

Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena.

Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.

Deu no que deu.

O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.

No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'.

E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.

Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional.

Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos.

E quem era o chefe do Pena? O Raul.

E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito.

O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação.

Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.

Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.

Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa.

Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.

E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta.

O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.

Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.

E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:...

ELE ENTENDIA DE GENTE!

Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos.

E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: “Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo".

Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas.

Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert e todo pintor comum, um gênio.

Essa era a principal competência dele.

'Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes".


Para quem teve a paciência de ler até o fim o texto do Gehringer, faço uma consideração final: não se sinta autossuficiente. Faça amizades, mantenha pessoas por perto, compartilhe experiências. Porque, por mais que você tenha a competência de enfrentar os desafios do destino sozinho, chegará o dia em que o desafio será justamente encará-lo junto com outras pessoas.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Memes e as tirinhas modernas: o sucesso da simplicidade

Mafalda, Calvin e Haroldo, Hagar o Horrível, as cobrinhas do Veríssimo, Garfield e tantas outras tirinhas que sempre vimos nos nossos livros de português já perderam espaço em nossos gostos, para um novo estilo de tirinhas. Um estilo sem patentes, sem direitos autorais e muito simples de ser feito e entendido. É necessário apenas um site criador de tirinhas - ou o bom Photoshop para os mais exigentes - e um pouco de criatividade para falar sobre qualquer situação imaginável ou não.

Separei algumas tirinhas dos melhores blogs desse gênero: Memetizando, Le Ninja, Ñ.Intendo, Bobagento, Ah Negão!, Google Boys e tantos outros.
























 









 


E quando essas tirinhas começarem a invadir os livros de gramática da escola também? Já é de se imaginar, acho que não demora muito.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A eterna teoria da conspiração

Bush mandou derrubar as Torres Gêmeas? A morte de Bin Laden é uma grande farsa muito bem tramada? Por trás de todo grande nadador, corredor, saltador etc, há uma grande empresa secreta de pesquisas produzindo dopantes que não são flagrados no antidoping? Os grandes campeonatos de futebol, vôlei, basquete, são armados antes mesmo de começar, com arbitragens compradas? Está para surgir uma Nova Ordem Mundial cujos cabeças possuem pactos com o demônio e forçam meios de comunicação a divulgar mensagens subliminares contendo símbolos que fazem referência aos seus ideais?

Sei lá, cacete. Como eu vou saber? E você, que está lendo, com certeza também não tem como saber. E mesmo assim, muita gente acha que sabe. Há quem tenha a inexplicável certeza de que pelo menos uma das teorias acima é 100% verdadeira. E os argumentos são daqueles que a gente só consegue responder com um "Sim, mas e daí? O que isso tem a ver?", isso para ser simpático.

Para ilustrar melhor a última "teoria", temos o vídeo ao lado. Mas não é necessário assistir, porque o insano mesmo (não digo engraçado por respeito àqueles que tem essa crença, mas sabem discernir fanatismo de bom senso) está nos comentários do vídeo. Transcrevendo alguns:

"Eles nao sao illuminatis amigo eles somente trabalham para eles
assim como a rede globo, e agora a record tbm
os illuminatis sao um grupo com menos de 150 pessoas
riquissimas..
nao sao esses cara aí nao, eles só sao escravinho"

"Eu até gostava sim muuuuito do CQC, mais agora não consigo mais assistir o progama, pois em todas as reportagens principalmentes nas que são realizadas em Brasilia aparece por varias vezes o olho de horus.
Puxa acabo me sentindo mal e mudo o canal da TV"

"Gente.. Pra começar..
olhem o símbolo da Band,
no lado direito da tela..
É um olho!
Falar mais oq???"

"e é assim q os "escravos" dos illuminatis fazem..
transformam tudo em brincadeira,
enquanto vão propagando a mensagem deles.."

"é infelizmente a nova ordem mundial está na cara de todos só não ve quem não quer e quem quer participar dela as portas estão abertas mas a um preço depois a ser acertado ¬¬"

É claro que cada um tem sua própria cabeça e acredita no que acha certo. A questão é: as pessoas acima pregam o bem e o repúdio ao "demônio", que dizem estar presente no CQC e em outros programas e emissoras. Só não percebem que, com essas acusações sem fundamento, estão prejulgando um programa que escancara vários absurdos que acontecem no país, por causa de supostos símbolos. Meu Deus, como pode alguém dizer que um programa está divulgando a mensagem do mal através de símbolos se todos aqueles que desconheciam esses "símbolos malignos" vão continuar sem saber do que se tratam? Eu mesmo não sabia da existência de tanta ignorância gratuita até ler esses comentários, o que me motivou a fazer esse post.

E aí? A intenção é ajudar a fazer o bem, ou repudiar aqueles que o fazem por causa de símbolos que podem não significar nada? Se você é religioso, acredita em Deus e nas boas obras, acho que sei qual deveria ser a sua resposta.





domingo, 28 de agosto de 2011

E mais uma vez, deu Brasil

O Brasil deu aula no UFC Rio. Se as épocas pré e pós-eventos esportivos no Brasil são bem conturbadas, com suspeitas recorrentes de superfaturamento e criação de "elefantes brancos" caríssimos, a magia que permeia um evento de destaque no Brasil é visivelmente maior do que nos outros países, salvo raras exceções (Super Bowl seria a mais óbvia, apesar de que esta nunca ocorrerá no Brasil, então nunca saberemos como seria).

É muito bom repetir isso, então sim, o Brasil deu aula. Aula de como torcer, de como prestigiar um evento, e o que talvez surpreenda a muitos: aula de organização. Um evento de MMA talvez não seja o mais difícil de organizar, mas o fato é que nada faltou. Nenhum imprevisto, nenhuma falha técnica, nenhum erro. Impecável, à altura das lutas. Todos os comentários que li e ouvi de quem presenciou foram positivos, sem exceção.

Confesso que não fui um dos que lá estavam porque não sou muito fã dos ringues, mas acho que não consiguirei mais dizer isso depois de hoje. Os brasileiros deram show sob os olhares de famosos como Luciano Huck, Eike Batista, Seu Jorge, Rogério Ceni, Rafinha Bastos, Ronaldo - que pulava (pouparei as piadas) de êxtase, feito uma criança - e tantos outros. Sem dúvidas, foi um evento para fazer subir o MMA no conceito de muitos por aqui, inclusive no meu.

E se há quem diga que neste tipo de esporte não há estratégia, que apenas força e alguma agilidade importam, então há mais uma característica brasileira a enaltecer: a raça. A garra, somada aos incentivos únicos da torcida brasileira, serviram para triplicar a força dos nossos lutadores e causar um pouco de respeito nos gringos. Este é o Brasil que todos conhecemos, do qual todos nos orgulhamos, apesar de tudo.

O jogador francês Thierry Henry deu uma entrevista durante a Copa do Mundo de 2006, em que declarou que brasileiros só possuem tendência a serem bons no futebol porque não estudavam e tinham mais tempo para jogar. E agora, para as artes marciais, qual será a desculpa dos estrangeiros?

Se ainda há gringos que olham para os nossos problemas e acham por isso que são superiores a nós, nosso Spider já mostrou que tem algo a lhes dizer: "NUNCA SERÃO, JAMAIS SERÃO!"

sábado, 27 de agosto de 2011

Um gênio chamado Steve

É comum definir alguns gênios que fizeram história como "pessoas à frente do seu tempo". Talvez seja essa a definição ideal para Steve Jobs, uma personalidade que, se já não bastava enxergar à frente do seu tempo, conseguiu concretizar algumas de suas visões e trazê-las até nós, meros mortais.

E por falar em mortais, Jobs conseguiu algo que muitos daqueles gênios infelizmente não puderam ter: reconhecimento antes do óbito. Tudo bem que foi necessária sua renúncia do cargo de diretor executivo da Apple, mas nós já sabíamos desse estranho dom do ser humano de só dar valor às preciosidades quando elas são perdidas, né? O fato é que elogios, homenagens e até mesmo a popularidade do homem subiram exponencialmente desde a carta oficial.

Muitos dizem que, sem muita tendência a ser receptivo, Jobs humilhava e eventualmente até demitia empregados que ousavam questionar suas ideias. Mas seu lado palestrante, motivador, idealista, também era reconhecido por muitos funcionários. Um treinador que incentiva do jeito que pode o seu atleta durante a preparação, mas grita dezenas de palavrões nos momentos de falha e falta de atenção: esta seria uma descrição otimista da pessoa que era Steve Jobs.

A trajetória é conturbada, mas vitoriosa como não podia deixar de ser. Injustiçado, pelo que se diz, na Apple, empresa que ajudara a fundar, foi forçado a deixar sua administração e mesmo assim estava longe de se afastar do mundo da tecnologia. Fundando uma nova empresa com os mesmos princípios, a NeXT (sugestivo?), Jobs acabou por comprar a Pixar e assim produziu um grande sucesso infantil que você sem dúvidas conhece muito bem: Toy Story.

Semelhante à parábola cristã do filho pródigo, a Apple, caindo aos pedaços, clamou pela volta de Jobs, o que aconteceu através da compra da NeXT. Como se pode ver atualmente, a estratégia deu mais que certo.

Entre as contribuições de Steve, cito apenas duas conhecidíssimas para não me alongar: o iPhone e este pequeno objeto que provavelmente está preso a uma de suas mãos neste exato momento. Só mais um dos muitos impactos que Jobs causou no mercado tecnológico, o mouse veio para revolucionar a interação homem-máquina e tornar tudo muito mais "flexível", como você pode comprovar.

Enfim, somos gratos poder dizê-lo enquanto o gênio ainda está vivo: obrigado por tudo, Steve Jobs!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Rir é o melhor remédio... sempre

Mais do que nunca, a tendência do ser humano ao stress (definido como uma "doença psicológica") vem tomando forma. Uma rotina que antes se limitava a acordar, tomar café da manhã, colocar a roupa de sempre e ir para o trabalho ficar vendo a hora passar até ir finalmente de volta pra casa, já não tem mais aquela mesma cara "amigável".

As preocupações triplicaram-se. Acordar, tomar café, escovar os dentes com fio dental, antisséptico, escova, flúor antibacteriano, ir para o trabalho da manhã, sair correndo para o almoço em um fast-food qualquer, voar até o escritório onde passará a tarde, fazer um lanche apressado e, às vezes, ainda rola até aquele estudo depois. Senão, talvez ainda sobre tempo para gastar em um banho mais demorado, relaxante... pelo menos até você receber aquele telefonema que pode ser sobre um dos seus infinitos compromissos importantes da semana, ou até você perceber que acabou um dos vários produtos químicos que o dermatologista recomendou e você esqueceu de comprar.

Definitivamente, não dá pra manter a calma sempre. O nervosismo impera em boa parte dos nossos dias, e aparentemente não há remédio para controlá-lo. Se tomamos calmante, perdemos a "pegada", o que acabaria virando mais motivos para se estressar. Diante de um cenário tão agitado, muitos recomendam - e eu apoio - uma fórmula mágica e muito simples: rir. Divertir-se.

Infelizmente, nos dias atuais, vem crescendo cada vez mais o vício pelo correto, pela etiqueta, por aquilo que eu gosto de chamar de "senso de mau humor", o que sem dúvidas prejudica ainda mais o nosso afastamento do stress. Não tardará a chegar o dia em que todas as piadas que seremos livres de fazer se resumirão a "qual o cúmulo de..." e "o que é um pontinho...". Aliás, esta última é até perigosa, porque aqueles que se atreverem a sequer começar com "o que é um pontinho preto..." já serão logo taxados de racistas criminosos.

Encontrei por esses dias uma reportagem do Diário do Pará, na qual o jornalista relata sua experiência após assistir a um show do humorista Rafinha Bastos, frequentemente processado por fazer piadas ditas "de mau gosto". Não é necessário ler tudo, já que o último parágrafo resume muito bem o que ele quer passar:

"Ao final, a sensação que se tem é que Rafinha quer fazer apenas humor. Tudo bem que algumas coisas parecem agressivas aos ouvidos, mas não diferem muito das piadas feitas em mesa de bar, ou em humorísticos antigos e nada politicamente corretos como 'Viva o Gordo', 'Os Trapalhões' e 'Chico Total'. Talvez o que se tenha perdido com o tempo é a capacidade de rir da própria vida e do que é diferente - e todos, em alguns aspecto, somos assim, seja por sermos brancos, negros, índios, altos, baixos, gordos, magros, homens, mulheres, tudo depende do referencial. No mais, são só piadas. Apenas piadas."

Por fim, recomendo um último texto a quem também se interessa por esse assunto, do professor de História da UFRJ Luiz Antônio Simas: O Cravo não brigou com a Rosa

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Futurismo...

Você provavelmente já tentou se imaginar olhando para um celular ou um computador 200 anos atrás. Provavelmente, diria que eram obras divinas ou demoníacas. E o mais legal disso é saber que por mais que essas máquinas com capacidades surreais já sejam tão naturais para nós, as inovações não param de aparecer e, melhor, não param de nos surpreender. Isso me faz acreditar sinceramente em muitas futuras conquistas que hoje alguns dizem ser impossíveis.

Pois é, o ser humano não conhece limites. Abaixo, uma lista de 5 obras tecnológicas que já existem e serão otimizadas, ou que hoje parecem impossíveis, mas um dia serão comuns. Tanto quanto o celular ou o computador.

5) Telhas de energia solar

Finalmente a eficiência e gratuidade da energia solar virando energia elétrica bem acima de nós, literalmente.

Já existem nos EUA, mas provavelmente ainda precisa avançar muito mais até que definitivamente haja menos uma conta pra pagar no final do mês.

4) Clonagem

Clássico. Já bem sucedida em animais, mas ainda longe da espécie humana. Honestamente não vejo tanta utilidade no processo a princípio, mas com certeza o avanço alcançará um ponto tal que a genética possa ser manipulada e as características humanas, aperfeiçoadas. As consequências disso parecem ser boas, mas vai saber, né.

3) Teletransporte

Outro clássico, e intuitivamente dá pra dizer que seria bem mais útil do que a clonagem. Segundo o livro "O Guia do Mochileiro das Galáxias" de Douglas Adams, o único problema seria o risco de passar mal durante o processo. Mas a solução é simples e bastante agradável para muitos: cerveja e amendoins.

Se Adams estiver certo nessa "previsão", o teletransporte fará ainda mais sucesso entre o povão do que se imagina.

2) Hot Spot global

Não é muito raro atualmente chegarmos em algum lugar e vermos aquela famosa plaquinha: "Wi-Fi". Mas geralmente, ela está presente nos lugares mais requintados, mais "alto nível". E em grande parte das vezes não são os lugares mais adequados ou onde mais precisamos acessar a internet.

Mas e se um dia todas as plaquinhas desaparecerem? Não, não porque o Wi-Fi acabaria, mas porque o mundo inteiro teria acesso à internet. Nada de provedores, contas de internet, dias sem acesso por causa de manutenção na rede, nada disso. De qualquer lugar você acessa a internet com seu notebook, netbook, celular (?) etc, inclusive, claro, da sua própria casa. De graça.

A previsão é que isso comece a se tornar realidade daqui a 20 anos. Quem viver, verá.


1) Robôs multiúso

Essa é uma das conquistas que pareciam utópicas até pouco tempo atrás, mas já tem dado fortes indícios de que em breve será realidade. Não muito longe da ideia do desenho "Os Jetsons", robôs caminhando por conta própria, realizando tarefas e, quem sabe, até pesquisas, farão parte do nosso cotidiano. Quem poderia dizer, nós humanos teremos companhia. Companhia criada por nós mesmos.

Resta torcer para que não ocorram incidentes como nos filmes futuristas que giram em torno de robôs rebeldes e guerras homem-máquina.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O comodismo das redes sociais

Quem acessa hoje as redes sociais mais famosas como o Twitter e o Facebook, vê e/ou participa com muita frequência de "movimentos de revolta" (não resisti às aspas) contra situações de fato inaceitáveis. É muito comum vermos as famosas hashtags sendo carregadas aos trending topics contendo mensagens de protesto, ou os mesmos protestos estarem presentes em eventos, páginas ou grupos do Facebook, com milhares de adeptos.

O problema é que muito poucos destes saem do papel. Prova disto é a realidade atestada por Amelia Gonzalez, no blog Razão Social, d'O Globo. Depois de verificar a indignação das pessoas nas redes sociais, sobre as recentes denúncias de que a empresa Zara estaria ligada a serviços que mantinham trabalhadores em condições semelhantes à escravidão, ela foi pessoalmente em lojas da empresa para ver o impacto que aquela revolta nas redes sociais havia causado nos arredores daqueles locais.

Além de não notar qualquer sinal significativo de protestos contra a empresa, o que havia ocorrido com tanta ênfase na internet, ainda houve quem perguntasse se haveria alguma liquidação no estoque por conta das denúncias.

A internet é uma ferramenta poderosíssima e poderia ter trazido sérios prejuizos à Zara, assim como poderia resolver várias outras situações absurdas que conhecemos. É uma pena que tanto poder seja usado apenas como uma mera máscara.

sábado, 20 de agosto de 2011

Acreditamos em qualquer coisa?

A intenção hoje não é desafiar qualquer tipo de crença ou religião. A questão aqui é apenas mostrar que para qualquer tipo de crença, há sempre dois grupos: o primeiro é o grupo dos que tem fé nela; já o segundo são aqueles que se aproveitam dos que fazem parte do primeiro grupo.

A matéria abaixo mostra como é fácil tirar vantagem quando se faz parte do segundo grupo, se as pessoas do primeiro não tomarem cuidado. Portanto, atenção redobrada quando algo "místico" ou "sobrenatural" parecer verdadeiro - sua crença não pode nunca passar à frente do seu bom senso.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

10 Internacionais Old School

Dessa vez, a lista é de 10 músicas internacionais que marcaram épocas, seja por serem engraçadas, emocionantes, agradáveis etc, e das quais a maioria você vai se lembrar, se não pelo título, pela letra ou pelo ritmo.

Resolvi colocar uma ordem dessa vez só pra organizar melhor. Claro que a escolha das colocações é subjetiva, tanto quanto a escolha das próprias músicas, mas tentei me basear ao máximo no sucesso ou no impacto que eu conheço de cada música.

 10)

9)
8)
  
7)    
 
6) 

5)
 

4)


3)
 
2)
1)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Repúdio a uma nota de repúdio

Por causa da cegueira fanática que faz com que muitos relutem em ao menos ler qualquer argumento que defenda críticas contra seus times, vou procurar evitar fazer posts sobre defeitos ou qualidades de um ou outro clube de futebol em particular. Mas tem certas coisas que simplesmente não fazem sentido, e merecem registro.

E quem diria que a primeira dessas coisas que eu colocaria aqui seria algo negativo sobre o meu próprio time. Pois é, não sou antiflamenguista nem nada do tipo, muito pelo contrário: sou um torcedor. Mas um torcedor consciente, defensor do bom senso.

O Flamengo emitiu depois do jogo contra o Figueirense uma nota oficial em que afirma ter sido prejudicado pelo árbitro Heber Lopes, de forma que o mesmo tenha sido determinante para o resultado negativo. Impedimentos não marcados? Gols mal anulados? Expulsões injustas? Ao menos uma falta marcada na intermediária que não existiu e que iniciou a jogada do gol adversário? Nada disso! Cartões. Cartões amarelos. Diz a diretoria do Flamengo que os cartões, somados a supostas ameaças de expulsão, desestabilizaram os jogadores, que acabaram cedendo o empate. Logo o Flamengo, que tem jogadores psicologicamente treinados para suportar a pressão de uma final de Copa do Mundo, ou deveria ter.

Além do mais, obviamente algum motivo houve para que o árbitro ameaçasse as expulsões, se é que o fez. Ninguém em sã consciência compraria briga com a camisa mais tradicional do futebol brasileiro, nem com a maior torcida.

E logo nós, que tanto sacaneamos o Botafogo pelo reconhecido "chororô" depois de algumas derrotas para o Flamengo. Prejudicados ou não, protagonizaram exageros e agora o Flamengo está caminhando para o mesmo erro. Precisamos reconhecer que no futebol há erros e acertos de todas as partes, inclusive do árbitro. E o que mais me envergonha é que a reclamação da nota nem sequer se trata de um erro pontual, como foi o caso do Botafogo.

Tanto o Flamengo quanto os outros grandes clubes precisam ter a humildade de reconhecer quando são favorecidos tanto quanto de aceitar quando são prejudicados. Enquanto esses grandes clubes não mudarem, nada vai mudar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Estudar agora é crime

Eis que surge mais um projeto de lei para o Brasil. O projeto de lei 326/11 do deputado Rubens Bueno certamente, pra dizer o mínimo, não vem com a melhor das intenções. O projeto estipula que todos os estudantes que se formarem em universidades públicas sejam obrigados a prestar no mínimo 6 meses de serviços comunitários sem remuneração. Segundo ele, a intenção é que seja compensado o "privilégio do estudo gratuito".

Ora, mas que privilégio é esse que certamente exigiu de 14 a 16 anos de dedicação e, muitas vezes, milhares de reais investidos em escolas particulares? Será um privilégio semelhante àquele que é ter o poder de tomar a decisão de aumentar seu próprio salário e, como se não bastasse, vetar o aumento do salário de outros? Isso sem falar nos impostos que os pais dos estudantes pagam e que eles também logo começarão a pagar, que são teoricamente destinados a essas mesmas universidades.

Um ladrão que invade a casa de alguém, um vândalo que depreda o patrimônio público ou um covarde que maltrata animais, quando declarados culpados por esses crimes, na maioria das vezes, são condenados à - adivinhe! - prestação de serviços comunitários. A mesma que o senhor Bueno entende como justa para os estudantes de universidade pública. Talvez seja um crime estudar de graça. "De graça".


Pois é, é um privilégio estudar em universidades às vezes sem ar condicionado, cadeiras, mesas ou até mesmo sem banheiros decentes, mas é perfeitamente cabível passar a semana sentado em um escritório refrigerado pensando no próximo aumento de salário, ou pensando em novas leis estúpidas para se juntarem às outras tantas desse país. Tem coisa errada aí.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Vai ser avó de quem?

Hoje trago um texto sobre uma situação curiosa que tende a acontecer nos tempos modernos. Muito bom!

Fim da árvore genealógica

Mãe, vou casar!
Jura, meu filho ?! Estou tão feliz ! Quem é a moça ?
Não é moça. Vou casar com um moço.. O nome dele é Murilo.

Você falou Murilo... Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
Nada, não... Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.

Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo...

Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou isso.

Você vai ter uma nora. Só que uma nora... Meio macho.

Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea... E quando eu vou conhecer o meu. A minha... O Murilo ?

Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.

Tá ! Biscoito... Já gostei dele.. Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui ?

Por quê ?

Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.

Você acha que o Papai não vai aceitar ?

Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver.. . Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metade com bigode.

Mãe, que besteira ... Hoje em dia ... Praticamente todos os meus amigos são gays.

Só espero que tenha sobrado algum que não seja... Pra poder apresentar pra tua irmã.

A Bel já tá namorando.

A Bel? Namorando ?! Ela não me falou nada... Quem é?

Uma tal de Veruska.

Como ?

Veruska...

Ah !, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.

Mãe !!!...

Tá.., tá..., tudo bem...Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto ..

Por que não ? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.

Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?

Quando ele era hétero... A Veruska.

Que Veruska ?

Namorada da Bel...

"Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... E a atual namorada da tua irmã . Que é minha filha também... Que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco...

É isso. Pois é... A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero...

De quem ?

Da Bel.

Mas . Logo da Bel ?! Quer dizer então... Que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska.

Isso.

Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.

Em termos...

A criança vai ter duas mães : você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.

Por aí...

Por outro lado, a Bel....,além de mãe, é tia... Ou tio... Porque é tua irmã.

Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska... Com o óvulo da Bel. A gente só vai
trocar.
Só trocar, né ? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska.

Exato!

Agora eu entendi ! Agora eu realmente entendi...

Entendeu o quê?

Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!

Que swing, mãe ?!!....

É swing, sim ! Uma troca de casais... Com os óvulos e os espermatozóides, uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra.....

Mas...

Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior... Com incesto no meio..

A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso...

Sei !!! ... E quando elas quiserem ter filhos...

Nós ajudamos.

Quer saber ? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero,o espermatozóide... A única coisa que eu entendi é que...

Que.... ?

Fazer árvore genealógica daqui pra frente... vai ser foda.

Sei que quem não conhecia este texto vai rotulá-lo como preconceituoso ou coisas do gênero. O autor é Luiz Fernando Veríssimo, gênio na escrita e até onde se sabe, nada homofóbico.

Talvez o texto queira mostrar que existe uma grande distância entre preconceito e relutância por parte dos pais em aceitar a homossexualidade dos filhos. Diferentemente do que pensam os revoltados que acham que é um absurdo qualquer tipo de hesitação dos pais em aceitar uma situação que, querendo ou não, é inegavelmente incômoda para qualquer um da família no início.

domingo, 14 de agosto de 2011

Roteiros ou entrevistas?

"Sabemos que vai ser um jogo muito difícil, mas temos que entrar em campo e fazer tudo que o professor pediu durante a semana, sempre respeitando o adversário e com muita humildade mas vamos ter atenção com as bolas paradas aí que é o forte deles, são jogadores muito bons aí, mas a gente também sabe do nosso potencial e vamos aí contando com apoio da nossa torcida em busca dos três pontos aí que vão ser muito importantes pro nosso time na sequência da competição."

Aposto que você ouviu uma entrevista de jogador de futebol parecida com essa no último fim de semana. E no penúltimo também. E no antepenúltimo, e no outro, e no outro... pois é.

Saudosas as entrevistas de Romário, Vampeta, Edmundo e outros, que sabiam fazer daqueles 10 minutos antes de um jogo um atrativo a mais, e não simplesmente algo chato que só serve pra você não perder o início do jogo. Mas será que essa monotonia é culpa dos jogadores?

É importante lembrar que, enquanto a maioria dos jogadores não tem sequer ensino fundamental concluído, todo e qualquer repórter de campo com certeza tem formação escolar, e imagino que todos tenham ensino superior. Tudo isso pra abordar o jogador com perguntas imbecis como "Qual a sensação de estrear pelo clube tal?" ou "O que que vocês pretendem no jogo de hoje?". Entrevistas hoje são apenas tapa-buracos de transmissões muito mais por causa de jornalistas covardes e bitolados, do que por causa de jogadores. Afinal a função de fazer a entrevista acontecer é do repórter, e só dele.

Falta coragem para perguntar aquilo que o torcedor perguntaria se estivesse lá, já que é para isso que a entrevista serve. Perguntar o que o jogador fazia na balada no dia anterior se a fase dele não é boa, ou por que ele preferiu chutar todas aquelas vezes mesmo vendo um companheiro melhor posicionado. Ou perguntar ao técnico por que ele escalou aquele jogador que a torcida já não aguenta mais, e deixou a contratação no banco de reservas.


Para não deixar só críticas, destaco Cícero Mello (ESPN) e Carlos Alberto Cereto (SporTV) como exemplos de repórteres corajosos, que não se sentem com o dever cumprido fazendo perguntas débeis apenas para passar o tempo. Certamente, se todos os repórteres fossem como eles, futebol conseguiria nos entreter por mais de 90 minutos.

sábado, 13 de agosto de 2011

Inimigo invisível

Já se imaginou perseguindo e combatendo um inimigo que você nem sabe quem é ou onde mora, sabendo apenas que ele existe e o que ele faz? Sim, porque apenas saber que ele existe e o que ele faz já é o suficiente para que você não consiga conviver com a ideia de que ele está livre. De que ele está vencendo.



Podemos todos nos acomodar no pensamento de que o (excelente) filme de José Padilha nos traz apenas uma imagem exagerada do que é o "sistema brasileiro", só para dar mais emoção. Infelizmente, cada vez mais me convenço da ideia de que a imagem é de fato realista, e pior: é apenas um pequeno retrato de um problema muito maior.

Alguns dirão que é problema do capitalismo. Que talvez no comunismo isto não ocorresse. Outros falarão até em anarquias. Mas a verdade é que, sendo os humanos tão facilmente corruptíveis, qualquer sistema político é problemático. Assim como, se não fôssemos, capitalismo, comunismo ou anarquismo não seriam causas de nenhum desvio social.

Mas ainda há pessoas como a juíza Patricia Acioli, irracionalmente assassinada em 12 de agosto, que demonstram que é possível nadar contra a correnteza da falha natureza humana. Que ela desperte a revolta dos demais juízes, advogados e delegados dispostos a dedicar suas carreiras à luta contra os políticos, empresários e policiais desonestos.

O inimigo está cada vez mais escancarado. E ao mesmo tempo, invisível.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Você sabe com quem está falando?

Eu poderia escrever linhas e linhas aqui sobre a arrogância de alguns em pensar que são superiores a outros seres de sua própria espécie. Pessoas que pensam que merecem certos privilégios por aquilo que elas tem, e não pelo que fazem. Pessoas que são capazes de olhar para o próximo, empinar o nariz e questionar: "Você sabe com quem está falando?", em um tom incrivelmente sério.

Porém, uma palestra do filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella me ajudou a economizar muitas dessas linhas. São 9 minutos e meio de vídeo em que você se perde e nem percebe que ele é tão longo. Vale a pena, sem dúvidas.



10 MPB's para sempre

Confesso que minha intenção aqui era fazer um "Top 10" das músicas brasileiras que mais marcaram épocas, mas é só pensar um pouco mais para perceber que isso é impossível. Apesar de pouquíssimo valorizado atualmente, o Brasil tem um acervo musical vasto, rico e de qualidade, e é impossível escolher as 10 que mais se destacaram ao longo da história. Mesmo na certeza de que estou esquecendo obras óbvias, listo aqui as 10 que mais rapidamente me vieram à cabeça e guardarei as demais que eu lembrar depois para um futuro post.






 

 


  


 



Gosto muito de todos os ritmos de música, brasileira ou não, mas acho importante valorizar o que é nosso como merece ser valorizado. Se não fizermos isso, ninguém fará.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ah, futebol...

Evidentemente que um dos primeiros posts teria de ser sobre o esporte que mais me fascina nesse planeta. Não pretendo me alongar aqui em análises levianas sobre seleção, campeonato brasileiro, erros de arbitragem ou protestos contra Ricardo Teixeira. Reservarei este espaço apenas para minha singela reverência a essa criação divina que é o futebol.

O esporte por si só, serve basicamente para trazer alegria e qualidade de vida. Com o futebol, não é diferente. Ou será que é?

É possível que nenhum outro esporte denote melhor o sentido de "alegria" do que o futebol. A alegria de ver seu time ser campeão na véspera de uma segunda-feira de trabalho. Ou se não foi campeão, também não faz mal: conseguir classificação para alguma competição ou para a fase seguinte de uma já é motivo de orgulho. Nada disso? Ok, quem nunca viu torcedores chorando de felicidade por uma mísera permanência na primeira divisão, naquele jogo sofrido no qual deu tudo certo no final?

Caso nada disso tenha acontecido, ou pior, o time tenha sofrido uma eliminação ou mesmo um rebaixamento, aí sim, a tristeza. Depressão? De forma nenhuma. Como pode-se chamar de deprimido um torcedor que, já na semana seguinte, estará lá, em frente à TV ou plantado em um desconfortável assento de estádio, pronto para acompanhar seu time novamente?

Quando um de seus amigos muito próximos volta arrasado de um encontro com a namorada e lhe conta que eles brigaram, o que você faz é consolá-lo, e você fica triste por ele. O clima fica pesado.

E quando esse mesmo amigo volta arrasado do estádio após ver o time para o qual ele torce ser vergonhosamente derrotado, o que você faz? Você o sacaneia. Sorri. É fantástico.

Talvez seja uma opinião bem passional, mergulhada em parcialidade, de alguém assumidamente apaixonado por futebol. Não vou tentar aqui me defender dessa visão. Não vou procurar argumentos racionais para contrariá-la. Vou apenas aceitar. Aceitar com orgulho, com alegria. Aquela mesma alegria que só o futebol consegue transmitir, tão facilmente.


O vídeo é a partida completa de Brasil 5 X 2 Suécia pela final da Copa de 58. Um brinde a quem, assim como eu, sente saudades das alegrias que a seleção nos trazia e gostaria de ter vivido no tempo em que elas eram mais frequentes.

Correto X Politicamente correto

São poucas as coisas que aprendi nas aulas de literatura durante a minha vida escolar as quais eu poderia chamar de impactantes. Mas faz-se necessário neste post o registro de uma delas. Naquele dia, finalmente fizeram-me derrubar de vez o conceito de que a nossa língua portuguesa formal era a absoluta. Até então, na minha cabeça, todas as gírias que utilizávamos, todas as ausências de preposição que causavam erro de concordância, por mais imperceptíveis que fossem, tudo aquilo era condenável. Estava tudo errado e era tudo, digamos, cultura inútil.

Nesta citada aula de literatura foi quando finalmente o professor nos avisou que não existia, por definição, uma linguagem "errada", nem uma linguagem mais correta que a outra. O português informal e suas variações regionais, nada disso estava errado. Dependia apenas da situação.

Por exemplo: a linguagem que você usa em uma reunião de negócios na qual estão sendo tratados assuntos importantes é completamente diferente da linguagem que você usa em um estádio de futebol onde você acaba de presenciar um impedimento mal marcado que anulou o gol da vitória do seu time aos 47 minutos do segundo tempo.

Outro aprendizado curioso que adquirimos com a vida é que, em cada cultura, necessita-se um pouco de bom senso na escolha do que vestir em determinadas ocasiões. Nunca pudemos imaginar, por exemplo, ir sem camisa e de short para uma festa de 15 anos do primo, tampouco ir de terno para o clube com os amigos.

Dito isto, podemos agora comentar um pouco sobre o politicamente correto. Mas no termo pejorativo da palavra, claro. Aquele que agride ou processa um humorista que fala de estupro em meio a um show de comédia, como se isto fosse tão grave quanto fazer uma piada especificamente direcionada para uma conhecida vítima de estupro ali presente. Aquele que defende com unhas e dentes as ocorrências da Parada Gay, ao mesmo tempo em que repudia qualquer movimento ou manifestação em prol do orgulho heterossexual, como se esta fosse uma situação equivalente a agredir um homossexual pura e simplesmente por causa de preconceito. Ou mesmo aquele que critica vorazmente a Copa de 2014 ser realizada no Brasil, mas não vê a hora de ir ao máximo possível de jogos da Copa em vez de organizar um manifesto ou mesmo um protesto contra as obras superfaturadas.

Existem ocasiões em que não há mal algum fazer humor, e outras em que não é apropriado. Realmente não é uma atitude legal brincar com assuntos como estupro para afetar uma vítima do crime. Mas que mal há em usar uma situação qualquer para fazer uma PIADA, em um show de HUMOR? Não há alvo nenhum em específico, a finalidade é simplesmente divertir um público que compareceu à peça unicamente para gargalhar, esquecer os problemas. O mesmo vale para ocasiões em que cabe manifestar orgulho por uma orientação sexual, enquanto em outras não é conveniente. E por aí vai.

O politicamente correto nada mais é do que alguém que vai a um estádio de futebol e pede ao juiz para que por obséquio reveja a decisão previamente tomada, ou alguém que frequenta uma praia de terno, gravata e sapatos sociais.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Começando...


Muito tempo (MESMO) antes de esse post estar sendo feito, eu já tinha essa estranha ideia e vontade de escrever em um blog. Expor opiniões, debater sobre elas e/ou simplesmente praticar esse meu hobby que é escrever. Escrever sobre tudo. Nem que seja apenas para ter isto como um diário para o qual futuramente eu olhe e relembre o quanto eu pensava diferente naquela época. Porque sim, eu prefiro ser aquela metamorfose ambulante a ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

Tenho certeza de que, num futuro não muito distante, já terei mudado de pensamento sobre vários temas dos quais hoje eu já me considero com uma opinião formada. Nesse sentido, espero que um blog me ajude. Senão, sem problemas. O gosto por escrever já é um incentivo por si só, felizmente.