segunda-feira, 12 de setembro de 2011

E superamos mais um 11 de setembro

Ontem, foram exaustivamente lembrados os 10 anos do atentado terrorista aos EUA. Ficam meus sinceros pêsames aos familiares - conhecidos incluídos - das vítimas que perderam suas vidas por causa do mais irracional confronto de ideologias que a raça humana pode travar. Pessoas (?) que tentam a todo custo impor sua religião, sua cultura e sua maneira de pensar a outras pessoas, e acabam provocando as mais estúpidas tragédias que afetam muito mais pessoas do que deveriam.

O marco do atentado aos ícones da modernidade americana foi um símbolo que, talvez, seja ressaltado pela mídia muito mais do que deveria. Nem de longe estou aqui desrespeitando ou desmerecendo aqueles que foram vítimas da pior das injustiças, a extinção da vida de inocentes; muito pelo contrário, já expressei e faço questão de ressaltar meu pesar.

O fato é que, enquanto as mídias entulhavam em suas páginas notíciais e memoriais, e enquanto a presidenta do Brasil discursava e escrevia sua carta aos Estados Unidos sobre o que aconteceu há 10 anos, vemos à deriva uma quantidade imensa de pessoas que perderam suas casas com as chuvas no sul do país, e principalmente as que perderam até as vidas. Isso para não citar, até porque pareceria oportuno ou hipócrita, os constantes problemas brasileiros que já se tornaram cansativos de se debater, mas que fazem com que morram diariamente infinitas vezes mais brasileiros do que naquele 11 de setembro de 2001.

Apenas para ressaltar, acho muitíssimo válida a homenagem àqueles que nada tinham a ver com a insanidade de um povo que tem em sua cultura a ideia de glória em se suicidar por uma divindade, tirando com isso o direito de viver de centenas de pessoas. Entretanto, moderar a proporção da importância dessa lembrança em relação à importância dos problemas que ocorrem atualmente não é um desrespeito às vítimas do 11 de setembro, mas sim respeito àqueles que também perdem ou estão à beira de perder suas vidas por causa de problemas atuais, que também merecem ser lembrados, criticados e combatidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário